Ainda sobre acordos sociais, é um falso avanço os avisos nos transportes públicos: “Este lugar se destina preferencialmente às gestantes, pessoas carregando crianças, idosos e pessoas com deficiência. Na ausência de pessoas nessas condições, o uso é livre”. Ufa.
Pra que tanto lero-lero? sem falar da odisseia que foi o trajeto da língua pátria até a expressão “pessoa com deficiência”, que passou pelo “deficiente”, que rotula e exclui; o “portador de deficiência”, inexato, pois deficiência não se carrega como um pacote; e sei lá mais que outras tentativas cheias de dedos.
Mas o mais grave é que esses avisos deseducam ao sugerir que cordialidade tem lugar marcado e que, lotados os bancos indicados, esgota-se a gentileza do coletivo.
Como o mundo não está mais pra meias palavras, melhor seria: “É óbvio que todos os lugares se destinam às pessoas que precisam mais. Seja gentil”.
Curto e grosso, até tinta se economizaria.
Agora, perfeito mesmo seria trocar tudo isso por uma placa de “bom dia” e o resto decorrer.
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3 comentários:
Mario querido,
Que coisa boa esse seu blog! Parece que to rememorando nossas maravilhosas dicussoes sobre esse mundo maluco e delicioso. Tambem sempre achei o fim essas placas. Por que tudo tem que ter regra se eh tao obvio. Por aqui, em Paris, tem ate uma regra que diz que se alguem quer abrir a janela do onibus e um outro alguem nao quer, tem razao o alguem que nao quer!!!
beijos saudosos.Lu
Mario querido,
Que coisa boa esse seu blog! Parece que to rememorando nossas maravilhosas dicussoes sobre esse mundo maluco e delicioso. Tambem sempre achei o fim essas placas. Por que tudo tem que ter regra se eh tao obvio. Por aqui, em Paris, tem ate uma regra que diz que se alguem quer abrir a janela do onibus e um outro alguem nao quer, tem razao o alguem que nao quer!!!
beijos saudosos.Lu
Oi Lu
Que bom te ver por aqui.
Mas e se o ônibus estiver pegando fogo, um desesperado quiser pular a janela e um suicida disser "não"?
risos.
beijo
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