sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Máquina de ler

Compramos um tablete pequenino. 

Botei um livrinho lá. O meu. Tenho o pdf, eu diagramei.

E li. E fui lendo. E a tela fica parecendo uma página de papel. Li igual. Estava lendo um livro. Sem tirar nem pôr. Com o mesmo prazer (ou o mesmo desprazer de ler o próprio livro). A mesma concentração (ou desconcentração, depende do conteúdo). 

A luz é clara? É nada. Até dispensa a lâmpada de cabeceira.

Vai cansar? Vai nada. Nunca passamos diante de um livro o tempo que a gente passa diante do computador e ninguém está exausto por isso. Estamos exaustos (até por causa do computador), mas não por causa da tela.

É uma boa máquina de ler. Como o livro.

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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Capas que mudam

Ganhei de um bom amigo um livro que fala de livros antigos, papiros, pergaminhos, e os riscos que corriam, principalmente a censura, mas também o fogo nas bibliotecas, a chuva que lavava as letras, as traças insaciáveis. É da Companhia das Letras e o título vem escrito (com R invertido) naquela tinta especial, dourada, que sai nos dedos. Ando com ele pra cá e pra lá e, no meu volume, o título já não se lê todo, em parte se adivinha.

Como nos textos antigos.

Não creio ter sido a intenção do capista, mas faz sentido.



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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Sempre mudando

Me interessa menos a piada do que a mudança de comportamento.

Na internet se invertem as piadas machistas (velhíssimas) e invertidas parece que elas não ofendem. 

Na versão original dessa aí embaixo, um caipira era derrubado uma vez pelo burro na chuva e dizia "primeira vez". Novo tombo e “segunda vez”. Na terceira, matava o burro com um tiro. Quando chegava em casa a mulher reclamava da demora e ele dizia: "primeira vez".

Já vi invertida também a da geladeira e da cama.




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