terça-feira, 13 de agosto de 2013

Um dia, quem sabe

Entramos juntos no elevador. Era um homem alto, negro, muito bonito. Pediu um andar incerto pra ascensorista:

"Por favor, 24o. O Augusto fica lá, não?"

"Augusto, será que eu sei quem é?... não tenho certeza."

"Um homem da minha idade", titubeou e disse com voz meio escondida, meio apontado pra si mesmo "negrão".

Fosse "altão" ou "careca" diria com firmeza. "Negrão" quem sabe um dia, se tudo correr bem.

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