Há um esforço pra diminuir a prisão, as penas ditas privativas de liberdade.
Como o mundo NÃO SE CONFORMA em não punir, criaram as penas privativas de direito, que servem também como substitutas da prisão preventiva.
Um dos direitos de que o safado-canalha-fdp-torpe do delinquente-indivíduo-marginal pode ser privado é o de frequentar certos lugares.
Que lugares?
"ah, bota aí bares e casas de prostituição"
"Zona, excelência?"
"Isso, mas não vai escrever zona, né?"
"Mas tem um artigo de uma lei aí que fala de lugares que incentivam a praticar os crimes"
"Pois é, na zona"
"Mas, excelência, ele é estelionatário. Não sera melhor proibir o dito de ir ao banco, à bolsa de valores ou a algumas igrejas?"
"Não me dá trabalho, escreve casa de prostituição"
"Mas ele é feio, excelência. Não arruma namorada, ainda mais com a fama que vai ter agora. Na casa da Nadir, tem a Ritinha que cobra pouco dele, parece que enrabichou."
"Não vai acabar essa ladainha?"
"Mas, excelência, se sacudindo nas coxas da Ritinha ele vai ficar mais meigo, não vai pensar em bobagem, querer enganar ninguém. O Sr. conhece as pernas da Ritinha? puxa! é a filha da Dona Ludovica."
"Da Ludovica, é? !..."
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PS: Um amigo me perguntou se isso aí em cima acontece.
Essa brincadeira veio de uma notícia que recebi do clipping da Associação dos Advogados:
"Em São Paulo, um homem preso sob a acusação de PORTAR UM CARTÃO DE CRÉDITO ROUBADO foi solto anteontem após assinar termo se comprometendo a não ir a bares e casas de prostituição. Réu primário, ele foi indiciado sob suspeita de receptação."
Será que roubam muito cartão de crédito na zona? Pensando bem, até pode ser: o cara joga a calça longe, o cartão cai e o delinquente pega.
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