Já tentei uma enquete sobre onde ficam as meias de cada um. Agora pensei em outra.
Tem uma canção do Chico (Estação Derradeira - clique aqui), retrato muito bem feito do Rio, em que ele teme a noite da fogueira desvairada.
"São Sebastião crivado
Nublai minha visão
Na noite da grande
Fogueira desvairada"
Um chapa, Nelson de Oliveira, homônimo do escritor, dizia que o Buarque era um mau profeta. Que a noite da grande fogueira desvairada nunca aconteceria, que as classes mais mais altas nunca permitiriam, que havia alguns gramas de chumbo destinados a cada candidato a ator da fogueira.
Agora a gente viu tudo aquilo no Rio.
A grande fogueira desvairada não foi. O que foi então?
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Um comentário:
O que foi eu não sei. Mas isso me lembra uma música do grande Wilson das Neves com Paulo César Pinheiro.
"O dia em que o morro descer e não for carnaval
ninguém vai ficar pra assistir o desfile final
na entrada rajada de fogos pra quem nunca viu
vai ser de escopeta, metralha, granada e fuzil
(é a guerra civil)"
"Não tem órgão oficial, nem governo, nem Liga
nem autoridade que compre essa briga
ninguém sabe a força desse pessoal
melhor é o Poder devolver à esse povo a alegria
senão todo mundo vai sambar no dia
em que o morro descer e não for carnaval".
Isso também não foi. O morro continua descendo só para o Carnaval.
Ainda.
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