Uma vez eu fui procurar um sítio no interior, num meio do mato cheio de estradinhas, que se cruzavam e serpenteavam.
Perguntei a direção a um homem jovem, que capinava sem camisa, e ele logo acomodou a enxada e me explicou:
"O sítio tal? sei, sim sior. O sior toma essa estrada e, quando encontrar a primeira encruzilhada, o sior não vira. Passa. Esqueça dela. Continua pela mesma estrada, passa a segunda encruzilhada de novo. Esqueça dela também.
É na terceira".
E, em cada "esqueça dela", era um gesto largo com o braço, que empurrava a memória para trás.
Esqueça dela.
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