terça-feira, 24 de março de 2015

Presumindo boa-fé


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No estacionamento da farmácia,  o modelo do veículo deixava claro o desrespeito à vaga especial. 

Paradoxalmente, na fila única do pagamento, o dono da charrete alta desfez-se em gentilezas pra uma pessoa com deficiência, oferecendo que ela passasse na frente.

Uma de duas:

1 - O errado que não é imediato, cuja consequência a pessoa não pode constatar no momento, não é "tão errado" para alguns.   "Já que não tem ninguém aqui, posso estacionar; mas essa pessoa cansada, na fila, tenho que ajudar".

2 - A presença da pessoa com deficiência ali, com rosto e bengala, fez o motorista pensar melhor, se arrepender, e ele nunca mais vai fazer isso.

Como às terças-feiras costumo acreditar na humanidade,  fico com a segunda alternativa.
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