Criar coragem é evolução importante pros adolescentes.
Mesmo que a moça amada, sempre cercada de rapazes mais velhos, não deixasse muito claro se gostava da gente, cabia aos garotos espinhentos de então, ligar e enfrentar o risco de receber o "não". “Não” doía mais que tapa na cara, que era até bom em certas condições.
Tomava-se coragem, “larga a mão de ser molenga”, discava-se o número inteiro, depois de dez tentativas, e “AI QUE BOM, TÁ OCUPADO!”. Missão cumprida. “Fiz a minha parte”.
Agora o identificador de chamadas escancara o vexame. “ih, deu ocupado e ela vai ver que eu liguei e não deixei recado”. Quem vai gravar recado com voz trêmula?
Os pobres apaixonados de agora têm que ligar de orelhão.
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Um comentário:
Mario, voce é demais...
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