sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Sobre a MPB

Como o chapeuzinho no coco e a borboleta no pescoço do Adoniran puderam adornar as letras mais modernas da nossa música?

Como a completa perfeição da voz da Elis pôde se casar tão bem com a absoluta imperfeição da voz do Tom?

Por que o Caetano é tão sério, se suas músicas são tão bonitas?

Como tantos se esquecem do Márcio Montarroyos, que nos iniciou no C do Carinhoso que comia as letras da apresentação da novela e pontuou muitas das melhores interpretações das nossas músicas?

Como foi possível o Noel ter tanto sarcasmo antes dos 27 anos de idade?

De que planeta vem Dorival Caymmi?

Das profundezas de que oceano vem a voz de Netuno do Dori Caymmi?

Quanto de dor a menos conheceríamos não fosse o João do Vale?

Quanto de riso ganhamos quando nasceu o Jackson do Pandeiro?

Por que todo mundo só fala do Chico que canta a mulher, se também é preciso quando canta o homem?

Tem cabimento visitar a família em Sampa e voltar toda descascada?

O João e o Aldir são um só?

Em música com letra sem letra, como n"O Pato" e n"A Refazenda", a voz é instrumento e a palavra nota musical?

Por que nos EUA os intérpretes são mais importantes e aqui a maioria dos bons discos são os dos compositores, seja cantando suas próprias canções ou uns cantando as pérolas dos outros?

Como Elis, triste como o quê, pôde fazer a interpretação mais divertida de todas? quaquaraquaquá quem riu

E a voz do Nelson Cavaquinho? já vinha do além antes da sua morte?

E o Geraldo Pereira, feminista revisado antes de todo mundo, que denunciava sozinho que a mulher abandonava a própria família no morro pra cozinhar para a patroa?

E se um dia o mundo for de sonho, como numa canção do Tom? eu, você, nós dois

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2 comentários:

Unknown disse...

Mario, vc é o fotógrafo cuja foto foi publicada sem sua autorização na Globo, em 1995? Além da nota lida no Jornal, você também foi indenizado?

Anônimo disse...

Parabens pela busca da justiça.

Marcos Aurelio/ctba - advogado