Estou sempre falando de canções.
É que é a expressão maior do nosso melhor jeito.
Daquele nosso jeito brasileiro de que tanto gosto (feicebuquianos, peço que me poupem de tanta crítica rasteira ao país, coisas como “só no Brasil mesmo” e “povo que tem cultura é que é bom, não como no Brasil” só me fazem excluir falsos amigos, um dos maiores prazeres do software internacional).
Depois de ouvir 73 vezes o disco “40 anos depois” do João Bosco, volto-me de vez para “Caça à Raposa” (como canta esse cara!)
Como em outro tempo de tortura profissional diária, infligida por formidáveis chefes algozes, os versos “deixei a fatia mais doce da vida / na mesa dos homens de vida vazia” enchiam minhas manhãs de congestionamento com cantares de liberdade, agora são esses que me socorrem:
AH RECOMEÇAR RECOMEÇAR
COMO CANÇÕES E EPIDEMIAS
Grato Aldir Blanc, grato João Bosco, recomecem sempre que a gente recomeça também.
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