O cara que foi moleque bom-de-bola já teve, da vida, metade da felicidade possível.
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segunda-feira, 31 de outubro de 2011
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Ângulos, Reais e grilhões (*)
É muito difícil se livrar de alguns dos grilhões da cultura.
O retângulo é um deles e a arquitetura corriqueira prova isso. Os ângulos retos parecem impostos pelo movimento das gavetas, delas para os móveis e dos móveis para os cômodos, já que nem todo mundo se conforma com cantos inúteis na casa, embora não o sejam.
O mesmo retângulo dominou o papel para escrever, pois as linhas tinham que ser constantes; e o papel-moeda, sem nenhuma razão além do corte sem perdas, coisa que só fazia sentido antes das técnicas de reuso.
Agora, as novas notas de Real têm tamanhos diferentes para a identificação de quem enxerga pouco ou nada. Difícil imaginar coisa mais justa.
Mas há um prejuízo nos novos formatos. As carteiras (masculinas!) podiam ser mínimas, quase do tamanho de um cartão eletrônico e de uma nota das antigas, dobrada. Ao aumentar a de 50 e a de 100 para diferenciar, elas passam a não caber mais no mesmo cantinho.
Não fosse o preconceito do ângulo reto, nosso dinheiro não precisava crescer. Bastava usar outras formas geométricas: a de 100 seria um retângulo (vá lá); a de 50, um pentágono; a de 20, um hexágono; a de 10, uma elipse; a de 5, sei lá, pense aí.
Hexágono e pentágono irregulares, claro. Compridinhos. Não me venha com outro preconceito de que polígonos têm que ser regulares.
(Calma aí, espertinho. Repare que, se cortar um pedaço, diminui o valor. Já tava pensando em pegar a tesoura pra enganar o cego?).
De quebra, ainda teríamos o dinheiro mais peralta do planeta.
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(*) pro Glauco Matoso
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O retângulo é um deles e a arquitetura corriqueira prova isso. Os ângulos retos parecem impostos pelo movimento das gavetas, delas para os móveis e dos móveis para os cômodos, já que nem todo mundo se conforma com cantos inúteis na casa, embora não o sejam.
O mesmo retângulo dominou o papel para escrever, pois as linhas tinham que ser constantes; e o papel-moeda, sem nenhuma razão além do corte sem perdas, coisa que só fazia sentido antes das técnicas de reuso.
Agora, as novas notas de Real têm tamanhos diferentes para a identificação de quem enxerga pouco ou nada. Difícil imaginar coisa mais justa.
Mas há um prejuízo nos novos formatos. As carteiras (masculinas!) podiam ser mínimas, quase do tamanho de um cartão eletrônico e de uma nota das antigas, dobrada. Ao aumentar a de 50 e a de 100 para diferenciar, elas passam a não caber mais no mesmo cantinho.
Não fosse o preconceito do ângulo reto, nosso dinheiro não precisava crescer. Bastava usar outras formas geométricas: a de 100 seria um retângulo (vá lá); a de 50, um pentágono; a de 20, um hexágono; a de 10, uma elipse; a de 5, sei lá, pense aí.
Hexágono e pentágono irregulares, claro. Compridinhos. Não me venha com outro preconceito de que polígonos têm que ser regulares.
(Calma aí, espertinho. Repare que, se cortar um pedaço, diminui o valor. Já tava pensando em pegar a tesoura pra enganar o cego?).
De quebra, ainda teríamos o dinheiro mais peralta do planeta.
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(*) pro Glauco Matoso
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sexta-feira, 7 de outubro de 2011
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