sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A primeira manhã do construtor















Esse é o Edifício Martinelli em São Paulo. O colosso da época, dele vê-se até o Pico do Jaraguá.

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Diz que o Conde de mesmo nome fez a própria casa no topo do Martinelli pra provar que não era perigoso ficar no arranha-céu, pioneiro em São Paulo.

Na primeira manhã em que acordou na casa nova, encostou-se no parapeito de camisolão libertário, olhou aquela imensidão toda, balançou a cabeça com um bico de duce e mandou:

- Cazzo! ma que prédio "arrrto" que fiz!

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(*) foto da internet, não sei de quem é

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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O consertador das sintetizadoras

Bom encontrar o Celso.

Desde os 12, faz 54, conserta corpos e lentes das câmaras fotográficas. Começou com o pai. Hoje já cuida das digitais, “só as profissionais”, mas ainda as pensa piores. Bem piores. Não têm profundidade de campo, os grãos são muito grandes e morrem cedo. “Os 20 anos das antigas, nem pensar.”

A oficina é muito pequena. Olha as lentes com lentes.

As lentes reduzem o mar, a montanha, a planície, a mulher bonita, pra caberem nos negativos e agora nos sensores. E, quando essas grandes redutoras adoecem, deixam por um tempo o mundo vasto e vão se encolher no quartinho e nas mãos do Celso.

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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Duas das coisas que me irritam

Quando peço tônica e alguém diz: "não tenho, serve soda?"

Quando falo do Dori Caymmi e vem: "prefiro Danilo (ou Nana)".

Ara!

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